quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Os olhos e a janela

Pela janela vejo a vida movimentada, na correria, no suor de cada dia.
No entardecer vejo o jogo de cores do céu, isso mesclado com a poluição.
E quanto mais a tarde chega, mais bonito fica.
Adentra minh'alma, fazendo-me aquecer.
É sem nexo ficar ali, parada. Mas é anexo a beleza do meu dia.
Um porta retratos atualizados a cada momento.
Vem com um cheiro que entra pela janela e paira pelo ar. Enche os alvéolos, passa filtrando o que passou. Foi só o instante passado e ninguém sequer consegue notar a beleza crua que nisso há.
Nesse período percebo que queria uma rima, mas não sou boa nisso.
As palavras caem soltas no papel saco de pão (de queijo).
Rabisco do lado e olho a janela, tudo ainda muda, sempre muda.
Já se foi algum tempo...
Um pássaro lá ou cá, a nuvem fina, tão chegando as estrelas.
No céu, tá um azul acinzentado fraco, não é claro nem escuro, mas as estrelas brilham muito.
Estão felizes por aparecerem, ditam que amanhã haverá um novo dia de sol.
E eu já não quero mais nada dizer, está mais interessante observar.

De um tempo atrás para cá agora.

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